Senzala voltada para o terreiro de café com acesso para a casa de morada; sino preso à fachada.

A senzala era o lugar reservado para o alojamento dos escravos. Sabe-se que, no início, as construções destinadas às senzalas eram precárias, sem condições de higiene e insalubres. Aí os escravos contraíam doenças quase sempre contagiosas que os levavam muitas vezes à morte. Com a lei de 1850, que pôs fim ao tráfico transatlântico de africanos escravizados para o Brasil, inúmeros fazendeiros passaram a edificar senzalas com outros critérios de instalação, para diminuir, claro, seus prejuízos com a perda de mão-de-obra. Sua construção se constituía de um conjunto seguido de casas ou de um único galpão em forma retangular, em pau-a-pique e coberto com telhas. Eram recintos fechados, sem janelas e/ou com estas gradeadas, e geralmente repartidos em cubículos para os casados. Os solteiros ficavam separados de acordo com o sexo. Em cada espaço havia uma cama de madeira coberta com esteiras, um cobertor, travesseiros e um pequeno jirau para guardar pertences. O chão era de terra batida ou assoalhos e havia ainda espaço para um fogão a lenha, onde os escravos preparavam pequenas refeições e em torno do qual se aqueciam nos dias frios.