1779 – 1790: D. Luís de Vasconcelos e Souza

Cronologia Político-administrativa

Deixou este vice-rei o nome ligado a numerosos melhoramentos da cidade. Foi o criador do Passeio Público, para o que mandou aterrar a Lagoa do Boqueirão. O material para o aterro foi conseguido com a demolição do Morro das Mangueiras, espigão do de Santa Teresa, que ocupava parte do atual Largo da Lapa e a zona por onde hoje correm as Ruas Joaquim Silva e Visconde de Maranguape. O Passeio Público só foi demolido na administração Passos para a construção da Avenida Beira Mar. Construiu no Campo da Cidade a Casa dos Pássaros, destinada a museu da história natural e que foi a origem do Museu Nacional.  Foi ele também quem mandou calçar o Terreiro do Paço, foi responsável por grandes e importantes obras, de calçamento, bebedouros e chafarizes. Instituiu, no antigo Forte de Santiago, o calabouço para a punição de escravos, a fim de evitar que os respectivos senhores usassem de castigos excessivos e desumanos. O nome de Calabouço perdurou durante anos para designar essa parte da cidade onde estava situada a Casa do Trem, posteriormente Arsenal de Guerra, e que desapareceu com a construção do Aeroporto Santos Dumont.
Este governador também foi responsável por medidas para o povoamento de regiões que depois formariam parte do território da Província do Rio de Janeiro, extirpando o banditismo e o contrabando que nelas dominavam.
Quase ao fim do seu governo foi denunciada e descoberta a conspiração da Inconfidência Mineira. Coube a Luís de Vasconcelos determinar a prisão de Tiradentes e a detenção e transporte para o Rio de Janeiro dos outros conjurados que foram recolhidos a estabelecimentos militares. O processo, porém, se desenrolou sob o governo do seu sucessor.
Pelos serviços prestados como vice-rei do Brasil foi Luís de Vasconcelos, ao regressar a Metrópole, agraciado com o título de Conde de Figueiró.